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Por
que pedimos silêncio no terreiro?
Atente
para o que você fala. Boas palavras são as que edificam, elevam e agradam. Más
palavras são as que destroem, rebaixam e machucam. O que sai da boca é força
criadora.
Provindos
de Deus, os orixás são os grandes criadores, e se expressam pelo som. A palavra
é, portanto, um dos meios de manifestação do Divino na Terra, e quando
proferida passa a produzir efeitos; não há como fazê-la retornar. Por isso, ao
adentrar um terreiro de umbanda, pense antes de falar.
Pense
novamente e evite excessos, pois muito antes de sua chegada os falangeiros dos
orixás já estão organizando, em nível astral, todo o aparato necessário para
providenciar o socorro e a cura dos espíritos doentes e sofredores. Os meios
necessários para a defesa desse "hospital de almas" são ativados com
a finalidade de conter os ataques trevosos que a casa irá receber antes,
durante e depois da sessão. Portanto, não seja o porta-voz das sombras,
trazendo desarmonia para o ambiente. Facilite o trabalho, não julgando nada,
não emitindo opinião, ou melhor, adotando uma postura de imparcialidade diante
do momento existencial e da dor de cada um.
Como você
não sabe de seu passado, então deve vigiar os seus pensamentos e as suas
palavras. Deve regrar-se pela verdade e pela sensatez; regular o tom de voz,
falando mais baixo, e ser delicado com as pessoas.
Médium
trabalhador, é seu dever transmitir paz, certeza, carinho e alegria aos que
chegam. Tudo o que você fala precisa ser digno de ser ouvido por nós do
"lado de cá", singelos obreiros dos orixás.
Lembre-se
sempre disso e fale aos outros como se estivesse falando direto a Deus ao pisar
num terreiro de umbanda.
Exu Tiriri
trecho retirado do livro: Umbanda Pé no Chão
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