Dúvidas
sobre o Desenvolvimento Mediúnico:
Como acontece o desenvolvimento mediúnico?
Não existe fórmula
específica e cada terreiro possui seus próprios procedimentos. No geral, os
médiuns iniciantes primeiro devem conhecer e se afinar com o terreiro, até
começar a participar das sessões de desenvolvimento. A partir daí, os guias
daquele médium vão se aproximando gradativamente o que provoca uma série de
sensações no corpo e na mente do médium. As primeiras manifestações consumam
ser irregulares, com espasmos e outras reações que chegam até a ser
violentas. Com o passar do tempo, a ligação mediúnica se fortalece sua
manifestação se torna cada vez mais natural e fluída, até o ponto de ele estar
preparado para o trabalho na Umbanda. Durante este processo o médium apara
inúmeras arestas tanto em sua mediunidade, quanto em sua moral e seu íntimo.
Por que ocorrem reações violentas no processo de incorporação?
Há inúmeras causas. A
mais comum delas é a falta de preparo apropriado do médium. No início do
desenvolvimento, é comum a entidade desprender energia demais para alcançar o
corpo astral do médium, que por sua vez ainda não está preparado para isso.
Assim o médium tem a sensação incômoda, de “muita energia estagnada no corpo”.
Quando esta energia, por fim, encontra caminho para fluir, isso ocorre
subitamente, “tudo de uma vez”. Por isso ocorrem os espasmos e reações
violentas. Durante esta fase, é importante que os companheiros de terreiro
estejam atentos para evitar que o médium se machuque. A falta de entendimento e
excesso de vaidade, contudo, geram mitos do tipo: “Nossa, meu caboclo é tão forte
que me quebrou todo…”
Quanto tempo deve durar um desenvolvimento mediúnico?
O bom desenvolvimento
não é medido em tempo, mas sim em qualidade. O processo deve durar o quanto for
necessário para que o médium esteja seguro e capaz de desempenhar suas funções.
Um médium que não concluiu seu desenvolvimento pode atender pessoas?
Poder não pode, mas
acontece. Este é um ponto polêmico na maioria dos casos. Não é raro
médiuns em processos iniciais de desenvolvimento serem escalados para atender
consulentes. Assim como também não é raro estes consulentes saírem das
consultas confusos e com altos graus de perturbação. Os riscos são grandes para
o médium, para o consulente e para todos ao seu redor. Mas quando isso ocorre,
todos têm sempre alguma desculpa que justifique sua postura e mascare seus
erros. A nossa casa tem uma norma interna: nenhum médium pode trabalhar
incorporado no terreiro antes de concluir seu desenvolvimento mediúnico.