terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Curimba e os Atabaques na Umbanda



Em um ritual de umbanda existem vários fatores que compreendem uma boa gira de desenvolvimento, trabalhos de cura, trabalhos de retirada de espíritos pertubadores e diversas outras atividades, no entanto a Curimba e seu toque (atabaque) é a principal forma de energização mediúnica, pois traz a vibração  do Orixa e do Guia de Luz que será o responsável pela execução de todo ritual.
Em um ritual de Umbanda os atabaques não são divididos por nomes como no Candomblé, e sim existe o Atabaqueiro Chefe que na maioria dos terreiros de umbanda recebem o nome de Ogan, pois somente ele é responsável por assimilar qual toque será destinado para qual gira e ou ritual a ser feito, os demais tocadores de atabaque recebem o nome de Curimbeiros Atabaqueiros que acompanham a gira de forma harmônica, nunca excedendo no ritmo e sonoridade.
A Curimba
Curimba, não é musica, e sim são orações com ritmos harmônicos que trazem a energia, a força, a identidade de cada Orixa e de suas Entidades de luz, portanto não se deve ser utilizada de forma errada e arbitraria, pois poderá trazer a paz quanto a desarmonia do terreiro, nunca poderá existir desafios de curimbeiros em uma gira mediúnica, pois com certeza ira trazer forças que serão de difícil controle em seu terreiro.
Não existe uma regra para qual ponto cantar ou até mesmo qual entidade incorporará no dito momento, e sim a entidade  Chefe que dita qual a seqüência a ser feita, após essa orientação o Curimbeiro Chefe e o Curimbeiro Atabaqueiro Chefe são os responsáveis por observar tudo que acontece no terreiro tanto na corrente mediúnica, quanto com os consulentes (assistência) sendo assim os dois são orientados espiritualmente para saber qual Ponto será cantado em seu dito momento.
O Atabaque
Instrumento de percução em  rituais de Umbanda e Candomblé, é utilizado exclusivamente para esse fim, uma vez que o instrumento faz parte do sagrado, (cruzado no terreiro) nunca poderá ser utilizada para outro fim musical.


Ritmos da Umbanda (toques)
Na Umbanda existem 5 principais toque utilizados durante o ritual, são ritmos que trazem vibração de cada Entidade e ou Orixa e estão divididos da seguinte forma:
Tipos de toques existentes;
Samba Kabula ou Samba de Caboclo, esse ritmo é destinado a gira de caboclos de Oxossi, Ogum, Xango, podendo também ser utilizado tanto na incorporação quanto na louvação de cada entidade.
Nago, esse ritmo é destinado a diversas vibrações, tais como, mães d’ água, baianos e pretos velho, porém existe variações do toque e seus repiques que serão utilizados apenas em giras especificas.
Ijexa, esse ritmo é utilizado principalmente na irradiação do orixá Oxun é o ritmo que traz  a dança e a energia desse Orixa.
Congo de Ouro, esse ritmo é principalmente utilizado em giras de Caboclo boiadeiro, Caboclos de Xango e Exus, é um toque de muita energia que traz a essência desses guias de luz.
Barra Vento, atualmente existem vários tipos de Barra Vento que são utilizados de acordo com qual vibração que a gira esta utilizando, esse ritmo é utilizado em qualquer linha de incorporação mediúnica tanto para entidades (caboclo, boiadeiro, baianos, preto velho) como Orixas.
Importantissimo!!!
Além desses 5 toques clássicos na Umbanda, um bom Ogan nunca deve esquecer do seu toque raiz, pois esse toque traz a essência da Entidade Chefe do seu terreiro, esse toque na maioria das vezes é passado pela própria intuição do Ogan ou pela Entidade Chefe, sendo assim o primeiro ritmo utilizado em sua casa.

                                                                                                                               Ogan Hugo de Ogum
                                                                                                              Curimbeiro e Atabaqueiro chefe Terreiro de Umbanda Sr Ogum e Mamãe Oxum, Caboclo Gira Mundo e Caboclo Guiné


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